quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CONTRIBUIÇÃO



Osni Valfredo Wagner

O debate pode ser frutífero se tanto as tendências internas, a burocracia, os parlamentares, os movimentos sindicais e os movimentos sociais estiverem conscientes e sensível.
Sempre que se defende um partido, um parlamentar, um governo, se entra em contradição, não tendo como justificava o injustificável. Não tem como esconder a realidade, números etc. a demagogia que os governos no Brasil historicamente conhecemos muito bem.
Por outro lado temos o (bicho grilo) "Onde ai governo sou contra" Essa frase resume esse problema de se ter um centralismo decidindo sobre as nossas vidas, a possibilidade do cidadão fica restrita e não temos como decidir sobre a nossa vida.
Para contrapor o centralismo, se tem a ideia de um controle social. Esse controle social pela sociedade civil é algo que não serve para o sistema capitalista, o capitalismo não quer que os interesses do povo sejam colocados em prática, saúde, educação, habitação sem o lucro e com qualidade esse desafio é a diferença. Mas para conquistar essa nova política precisamos da participação da sociedade civil.
Essa é a ideia de PARTIDO DE MASSA, a participação da massa dos cidadãos que colocam as suas contribuições no dialogo com os representantes para a resolução dos propósitos da classe trabalhadora rumo ao socialismo.
 
QUAL É O PAPEL DO PSOL? Apenas estamos fazendo denuncias de corrupção, entregando assinaturas do ficha limpa, fora Renan cpi's, mas garantia de direitos sociais, mobilizações para garantir direitos sociais não temos como avançar.
Se somos a esquerda, se queremos ser a esquerda, se estamos ocupando o espaço da esquerda? Qual é a esquerda que somos? O fato é o PSOL surge da expulsão de deputados do PT e em 2005 a APS gera uma nova crise em que das 16 teses, fica 6 e a dissidência na APS faz surgir outras para totalizar as chamadas 9 teses.
Agora crescemos nas prefeituras com 49 vereadores, temos 2 prefeituras e dois deputados e um senador. A possibilidade concreta do PSOL eleger deputados estaduais e reeleger os atuais deputados é uma incógnita. Superada essa crise da debandada para a rede sustentável o PSOL estará com a crise de identidade abalada, temos que cuidar muito se vamos conseguir se manter como um partido de esquerda de fato.
Mesmo que continuemos nessa tentativa de consolidar a hegemonia socialista nas eleições ao mesmo tempo que o crescimento seja aos poucos e de maneira massiva como Randolfe preconiza, qual a qualidade dessa massa? É fato que não teremos algo com muito volume no sentido eleitoral, poderemos crescer em números e filiados sem duvida e até aproximar da esquerda. É fato que o PSOL está vivendo uma crise pela possibilidade de se perder quadros e neste sentido deverá aproveitar da melhor maneira os que de permanecerem na legenda, Com Randolfe e ou Luciana Genro.
 
Ai será que podemos dizer que o PSOL vai se consolidar como partido de esquerda, temos que analisar toda essa situação em que se deixa nas mãos destas tendências internas e sabemos que a majoritária é a APS, com a possibilidade de conseguir aprovar a maioria de propostas como resoluções do PSOL e em consequência disso também poder ter a maior força para decidir a candidatura a presidência pelo PSOL e ou até a possibilidade de se ter o PCB e o PSTU nessa chapa em uma eventual Frente de Esquerda ou outro nome que se possa ter.
O IV - CNPSOL deverá ser complicado no sentido da possibilidade de perder quadros como Heloísa Helena para ingressar no REDE SUSTENTÁVEL de Marina Silva. O PSOL é um partido com tendências interna: Tendências; • Ação Popular Socialista; • Coletivo Socialismo e Liberdade; • Corrente Socialista dos Trabalhadores; • Enlace; • Liberdade, Socialismo e Revolução Movimento Esquerda Socialista; • Poder Popular; • Revolutas; •Trabalhadores na Luta Socialista.
Constatação se estamos vivendo as crises é por que estamos crescendo, o que precisa avaliar é a velocidade desse crescimento sem tapar o sol com a peneira. Estamos conseguindo fazer a formação necessária para qualificar essa massa de filiados, eleitores, simpatizantes entre outros.
Se o PSOL for eficiente nesta colocação das bandeiras do PSOL poderá atrair o PCB e o PSTU em uma aliança para 2014. Essa tática me parece ser a mais acertada a de defender as bandeiras nacionais e internacionais do PSOL. Entrar em questões polêmicas o imperialismo, a palestina, casamento homoafetico, contra a homofobia, questões de gênero contra o machismo entre outros.
Temos que nos ocupar com as nossas lutas, as lutas dos trabalhadores do Brasil, me preocupa o PT no passado fazia aquele discurso do que não queremos temos que apresentar o que queremos. O PT acabou sendo engolido pelo sistema 'quanto mais olhamos para o abismo, somos engolidos pelo abismo'.
Temos que fazer a crítica sim a direita, mas quanto mais se crítica a direita podemos estar indo para a direita. Temos sim que anunciar o que é a esquerda, espero que seja o próximo passo de Randolfe Dodrigues! Temos que ter as políticas sociais na ponta da língua, não pode ser uma questão individual a capacitação como quadro.
Precisamos qualificar quadros para fazer a defesa da melhor ideia em relação a saúde, educação etc. esse esforço coletivo de orientar a massa para a transformação social necessita de sensibilização para obter a consciência necessária para as mudanças prioritárias. A falta de bandeira da legenda Rede Sustentável de Marina Silva é uma assertiva, mas a oportunidade agora é de colocar quais são essas bandeiras nacionais e internacionais que o PSOL tem.
Temos possibilidade de liderar uma chapa com o PSTU e PCB, resta saber se os dois partidos vão aderir essa proposta para 2014.

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